
A reabilitação urbana ainda domina o mercado imobiliário, sendo que o foco dos investidores ainda se centra nos edifícios por reabilitar sobretudo em Lisboa. E já não se resumem apenas ao centro histórico, novas áreas estão também a atrair promotores nacionais e estrangeiros. As zonas das Avenidas Novas, Areeiro e Benfica são cada vez procuradas. Não esquecendo ainda que à escala nacional, existem 1,5 milhões de habitações que necessitam de intervenção e o valor estimado para as obras mais significativas ao nível do parque habitacional é de 24 mil milhões de euros. Um mercado que ainda tem muito por reabilitar e investir.
Estes números são avançados por Manuel Reis Campos, presidente da Confederação Portuguesa da Construção e Imobiliário – CPCI, ao Diário Imobiliário, esclarecendo ainda que na actual conjuntura, marcada pelas baixas taxas de juro e pela fraca atratividade dos produtos oferecidos pela Banca, o imobiliário e a reabilitação urbana em particular são, naturalmente, objeto de interesse por um conjunto alargado de investidores. “Estamos a falar, não só, de grandes investidores institucionais, assim como de particulares, em especial, famílias, que encontram na reabilitação, uma oportunidade de adquirir imóveis para habitação ou para rendimento”.
O responsável admite também que o alargamento da Reabilitação Urbana à generalidade do território é, neste momento, uma prioridade, “que assume uma maior profundidade quando estamos perante os designados territórios de baixa densidade. O diferencial que nos separa da generalidade dos países europeus é, ainda, muito grande. Se, em Portugal, a reabilitação urbana regista um peso de 10,8% na produção do setor, na Europa esse valor é de 36,8%”.