April 17, 2019
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Rendas sobem 9,3% no final de 2018

Rendas sobem 9,3% no final de 2018
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No segundo semestre de 2018, o valor mediano das rendas da habitação em Portugal registou um aumento de 9,3%, face ao período homólogo, fixando-se em 4,80 euros por metro quadrado (€/m2).  

Este aumento segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), as rendas da habitação ao nível local, deve-se a um decréscimo de 7,9%, no número de novos contratos de arrendamento, com 77.723 novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares em Portugal, cujo valor mediano das rendas se fixou em 4,80 €/m2.

“No período em análise, 33 municípios, localizados maioritariamente na Área Metropolitana de Lisboa e no Algarve, apresentaram um valor mediano das rendas superior ao referencial nacional”, avançou o INE.

Lisboa: onde é mais caro arrendar…

Entre os 308 municípios portugueses, Lisboa apresentou o valor da renda mais elevado do país (11,16 €/m2), seguindo-se Cascais (9,71 €/m2), Oeiras (9,38 €/m2), Porto (7,85 €/m2), Amadora (7,19 €/m2) e Almada (7,00 €/m2).

Das 25 NUTS III [Nomenclatura das Unidades Territoriais para fins estatísticos] em Portugal, a Área Metropolitana de Lisboa foi a sub-região que apresentou “o valor mediano das rendas por m2 de novos contratos de arrendamento mais elevado (7,00 €/m2) e o maior aumento (+15,5%)”.

Os dados estatísticos indicam, ainda, que a Área Metropolitana de Lisboa concentrou cerca de um terço dos novos contratos de arrendamento (25.916), referindo que “os novos contratos de arrendamento nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto representaram, em conjunto, cerca de 51% do número total de novos contratos do país e o Algarve 5,7%”, enquanto o Baixo Alentejo apresentou o menor número de novos contratos de arrendamento (399).

Trás-os-Montes: onde as rendas menos sobem…

“Num contexto de diminuição do número de novos contratos em todas as sub-regiões portuguesas face ao período homólogo, o valor mediano das rendas aumentou em todas as sub-regiões, com excepção da NUTS III Terras de Trás-os-Montes”, apurou o INE, acrescentando que, entre as 25 sub-regiões portuguesas, oito registaram taxas de variação homóloga superiores ao valor nacional (+9,3%), destacando-se a Área Metropolitana de Lisboa (+15,5%) e a Região Autónoma da Madeira (+13,4%).

Ao nível local, além dos municípios da Área Metropolitana de Lisboa, do Algarve e da Área Metropolitana do Porto, “assinalam-se com valor de rendas superior ao valor nacional os municípios do Funchal (6,74 €/m2) e de Santa Cruz (5,17 €/m2) [na Região Autónoma da Madeira], Coimbra (5,33 €/m2), Évora (5,31 €/m2) e Aveiro (5,10 €/m2)”.

Neste âmbito, a Área Metropolitana de Lisboa foi a sub-região NUTS III com maior amplitude do valor das rendas destinadas a habitação entre municípios (6,75 €/m2), com o menor valor a ser registado na Moita (4,40 €/m2) e o maior em Lisboa (11,16 €/m2).

Relativamente à celebração de novos contratos, o município de Lisboa registou o maior número de contratos de arrendamento do país, com 6.643 novos contratos celebrados, o que representa uma descida de 4,8% que no período homólogo.

Com mais de 2.500 novos contratos, evidenciaram-se, ainda, os municípios de Sintra (3.116), Porto (3.110) e Vila Nova de Gaia (2.534), segundo o INE.

Em Lisboa, as freguesias de Santa Clara e Marvila são as melhores opções

Para as cidades com mais de 200 mil habitantes, designadamente Lisboa e Porto, o INE disponibilizou dados por freguesia.

Das 24 freguesias de Lisboa, três registaram valores medianos de rendas da habitação em novos contratos de arrendamento superiores a 13,00 €/m2: Santo António (14,10 €/m2), Misericórdia (13,38 €/m2) e Parque das Nações (13,12 €/m2). Por outro lado, as freguesias de Santa Clara (8,31 €/m2) e Marvila (9,00 €/m2) apresentaram os valores mais baixos.

Entre as sete freguesias do município do Porto, a União das Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde (8,86 €/m2) foi a que apresentou o valor mediano mais elevado.

Analisando a relação entre o valor das rendas por m2 e o valor das vendas por m2 dos alojamentos familiares, o INE destacou “a aparente sobrevalorização dos valores de arrendamento, face aos valores dos preços da habitação, na maioria dos municípios da Área Metropolitana de Lisboa – excepção dos municípios de Lisboa e Alcochete e Sesimbra –, na maioria dos municípios da Área Metropolitana do Porto e, de uma forma geral, nos municípios com mais de 100 mil habitantes”.

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