As previsões de crescimento na Europa para o triénio 2018 – 2020, no segmento residencial, Portugal, fica a par com a Espanha, Irlanda, Hungria, Polónia, Dinamarca e Holanda entre os países onde o aumento atinge os 4%.
O nosso país consegue também esse crescimento nos edfícios não residenciais, tal como a Hungria, Espanha, Polónia e a Holanda. Estas são algumas das conclusões da 85ª Conferência internacional da EUROCONSTRUCT™ realizada no início deste mês em Helsínquia.
Quanto ao segmento das infraestruturas, Portugal já não ocupa os lugares cimeiros ao nível do crescimento, ficando mesmo entre os últimos países da Europa, só a Alemanha e a Finlândia, ficam abaixo nas previsões.
No evento saíram ainda outras revelações, a construção europeia vai continuar a crescer mas ainda está abaixo do valor máximo de 2007. Espanha e Portugal retomaram ao nível do PIB – Produto Interno Bruto anterior à crise de 2008.
De uma forma geral na Europa, a tendência de crescimento retomou o seu alinhamento com o PIB, com ritmos diferentes entre os segmentos das infraestruturas e dos edifícios (residenciais e não residenciais).
Um dos constrangimentos ao crescimento na Europa diz respeito à evolução demográfica. Portugal está entre os países abaixo do zero crescimento. De facto, segundo o INE – Instituto Nacional de Estatística, em 31 de Dezembro de 2017, a população residente em Portugal foi estimada em 10 291 027 pessoas, menos 18 546 face a 2016. Este resultado traduziu-se numa taxa de crescimento efectivo negativa de 0,18% mantendo-se a tendência de decréscimo populacional ainda que atenuado face aos últimos anos.
No entanto, face ao crescimento verificado em toda a Europa, Portugal é um dos países do Sul onde a recuperação é mais marcante. Foi comprovado ainda em Helsínquia, que no nosso país o sector da reabilitação e renovação de edifícios é líder no crescimento e a construção de infraestruturas o sector mais lento.